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GUIA — Tipos de pele: como identificar e cuidar sem neura!
12 agosto 2020
Você já se perguntou como escolher o melhor creme para a sua pele? Geralmente, os cosméticos são formulados para atender situações específicas, assim, para selecionar produtos eficazes, é fundamental identificar o seu tipo de pele e condições particulares.
Quais são os tipos de pele?
Ainda que existam variações dos tipos e condições de pele, certas características permitem que eles sejam agrupados em quatro classificações: pele normal, seca, oleosa e mista.
Os tipos de pele são hereditários, resultado do funcionamento das glândulas sebáceas. No entanto, é importante compreender que a pele sofre alterações com a idade e com fatores ambientais – como o frio, o calor, o ar e a poluição.
1. PELE NORMAL
O melhor exemplo de pele normal é a das crianças, do nascimento até o início da puberdade quando as glândulas sebáceas ainda não foram ativadas pela enxurrada de hormônios.
A pele normal tem aparência suave, fina, sem poros visivelmente dilatados, com a quantidade de óleo necessária e retém água na medida certa, mantendo-se hidratada naturalmente.
Por isso, exibe um brilho e cor saudáveis. A camada córnea¹ tem uma textura fina e não há rugas ou linhas de expressão.
¹Camada córnea ou estrato córneo: a parte mais externa da epiderme.
Cuidados com a pele normal
No que se refere à higienização, a pele normal requer limpezas com produtos suaves, tendo em vista que o uso de sabonetes e esfoliantes muito fortes contribuem para a deterioração desse tipo de pele.
- Use emulsões cremosas, leites de limpeza ou sabonetes líquidos. Evite os sabonetes em barra.
O uso consistente de hidratantes durante o dia, para impedir a perda de umidade, e à noite é essencial. É importante que esses produtos contenham antioxidantes, como as vitaminas E e C, para a proteção contra a oxidação causada pelos radicais livres².
²Radicais livres: moléculas instáveis e reativas que provocam danos estruturais à pele.
+ Confira: 23 fatos sobre o uso da Vitamina C no rosto
2. PELE OLEOSA
A pele oleosa se desenvolve em consequência da excessiva ativação das glândulas sebáceas.
Esse tipo de pele é reconhecido por sua aparência brilhosa e grossa. Os poros mostram-se dilatados, devido ao óleo acumulado no folículo pilossebáceo³, o que cria um campo fértil para cravos e espinhas.
³Folículo pilossebáceo: folículo piloso com uma glândula sebácea anexa.
Climas úmidos e quentes tendem a exacerbar as secreções, tornando a pele ainda mais gordurosa.
Nas mulheres, as glândulas sebáceas e os folículos polissebáceos respondem, ainda, aos ciclos hormonais. Durante a fase de ovulação, os poros são aumentados, havendo um aumento da produção de sebo.
A pele oleosa pode ser classificada em duas subcategorias:
- oleosa (sem deficiência de água);
- e oleosa desidratada (com deficiência de água).
No primeiro caso, a pele tem uma hidratação apropriada; embora seja oleosa ao tato e pareça oleosa, não dá a sensação de “seca”.
No segundo caso, falta umidade à pele e, embora tenha todas as características de pele oleosa, o individuo tende a se queixar de “pele seca”.
Você sabia que a oleosidade não é ruim?
Sua principal função é a proteção da pele – controlando a perda de água transepidermal, formando uma barreira à prova d’água e inibindo o crescimento de fungos e bactérias.
+ Leia também: Leite de Rosas envelhece a pele?
Cuidados com a pele oleosa
Os cuidados com esse tipo de pele exigem uma limpeza completa, porém suave, de manhã e à noite. Assim sendo, opte por sabonetes líquidos, géis, emulsões ou loções de limpeza não oleosas.
“A pele oleosa precisa de hidratação?”
Sim, precisa!
É importante distinguir que a oleosidade vem das glândulas sebáceas, e a umidade dos canais intercelulares. E que, embora o óleo proteja a pele contra a perda de água, ele não hidrata.
Para esse tipo de pele, hidratantes diurnos ajudam a manter sua maleabilidade e umidade. E hidratantes noturnos ajudam a regular a secreção das glândulas sebáceas.
- Opte por hidratantes na forma de gel, gel-creme ou, no máximo, loções cremosas oil-free.
Esfoliantes são recomendados para melhorar a aparência e a textura, reduzindo a hiperqueratose¹. Como a esfoliação promove um microlixamento, removendo as células mortas da camada mais superficial e acelerando o processo de renovação celular, a pele fica mais macia, fina e limpa.
¹Hiperqueratose: é o espessamento (engrossamento) do estrato córneo, associada com a presença de uma quantidade anormal de queratina.
A esfoliação pode ser:
- Mecânica: onde são utilizados cremes abrasivos, que possuem o aspecto de “areia”. Esse tipo de tratamento pode ser usado, no máximo, uma vez por semana.
- Química: é realizada por meio de ácidos, que também são capazes de estimular a produção de colágeno e melhorar a circulação sanguínea local.
3. PELE SECA
A pele seca se desenvolve como resultado de glândulas sebáceas pouco ativas, assim, não consegue manter a hidratação natural nas células. Embora hereditária, também é consequência do envelhecimento.
Esse tipo de pele é flocoso, escamoso, áspero e apresenta coceira. Raramente tem cravos, e quando aparecem é na região do nariz.
Os poros são quase invisíveis, tende a se enrugar com facilidade e geralmente é marcada por pequenas linhas superficiais. Essas características se agravam com a exposição ao sol, vento, calor e uso de produtos secantes.
Cuidados com a pele seca
Os cuidados com esse tipo de pele devem incluir o uso de produtos que suprem a falta de secreção das glândulas sebáceas (óleos) e fornecem uma hidratação intensa (hidratantes oclusivos).
Acrescento que esse tipo de pele pode ser sensível e desenvolver irritações – qualquer estímulo pode desencadear processos alérgicos.
Assim como acontece com todos os tipos de pele, o uso de antioxidantes é fundamental para retardar os danos oxidativos causados às células.
Cosméticos com ingredientes altamente hidratantes também são essenciais para ajudar a pele reter a água e para hidratá-la ainda mais. Entre esses ingredientes estão os ácidos glicólico e lático, glicerina, ureia e ceramidas.
4. PELE MISTA
A pele mista tende a apresentar faces normais e uma Zona T (testa, nariz e queixo) oleosa, ou faces secas e Zona T normal.
Cuidados com a pele mista
Esse tipo de pele é fácil de ser cuidado, pois a rotina pode ser combinada com o uso de produtos levemente adstringentes nas partes oleosas e hidratantes em toda a face.
Como identificar o meu tipo de pele?
Lave o rosto com um sabonete neutro suave. Enxágue abundantemente e seque com uma toalha macia. Após algumas horas, sem usar nenhum outro tipo de produto, observe o que acontece e olhe as hipóteses abaixo:
- PELE NORMAL: estará com aspecto hidratado, luminoso, sem oleosidade, flexível e elástico.
- PELE SECA: estará com aspecto pálido, opaco e descamativo. Haverá uma sensação de repuxamento, devido à falta de flexibilidade e elasticidade.
- PELE OLEOSA: estará com aspecto brilhante e com textura grossa. Em geral, é possível observar cravos e espinhas.
- PELE MISTA: estará com oleosidade na região central do rosto, mas repuxando na área dos olhos e bochechas.
Uma “pele de pêssego” requer autoconhecimento, orientação adequada, investimento, paciência e dedicação.
Mas, antes de perseguir o status de pele perfeita, é preciso considerar que a hereditariedade tem participação importante, assim como o seu estilo de vida.
Nenhum creme mudará a estrutura genética da sua pele, assim como não fará mudanças significativas se os seus hábitos alimentares não são apropriados, você dorme pouco, não controla os níveis de estresse, não faz exercícios e, além de tudo, consome bebidas alcoólicas e cigarro.
Portanto, antes de comprar um cosmético, saiba o que está acontecendo com o seu corpo e não se deixe influenciar exclusivamente por boas campanhas de marketing.
Uma pele saudável não exige que você tenha um arsenal de produtos e uma rotina de 20 passos. As palavras-chave são: limpar, esfoliar (semanalmente), hidratar, proteger do sol e dos danos causados pelos radicais livres.
Para orientações mais especificas, consultar um médico é sempre a melhor opção!
Se tiver alguma dúvida ou sugestão, basta deixar um comentário!
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Ilustração: Freepik.com
HARRIS, M.I.N.C. Pele: do nascimento à maturidade. 1° Edição. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2017.
MICHALUN, M.V.; MICHALUN, N. Dicionário de ingredientes para cosmética e cuidados da pele. 3° Edição. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2010.
SAGGIORO, K. Bella: guia prático de beleza e boa forma. 1° Edição. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 1999.
MARTINEZ, M.; RITTES, P. Beleza sem cirurgia: tudo o que você pode fazer para adiar a plástica. 4° Edição. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2017.
REBELLO, T. Guia de produtos cosméticos. 12° edição revista e ampliada. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2019.
Aprendi tudo sobre pele quando usei o DIU Mirena e acabei com o meu rosto.
ResponderExcluirÓtimo post - bem completo.
Bj e fk c Deus.
Nana
http://procurandoamigosvirtuais.blogspot.com
Nossa
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